A torcida reconheceu a valentia do Vasco para arrancar o empate de 1 a 1 com o Racing-ARG, em São Januário, após a expulsão de Desábato, aos 12 minutos do segundo tempo. Não foi suficiente. Em situação delicadíssima na Libertadores, o Cruzmaltino, com dois pontos em quatro jogos, para chegar à classificação, tem a obrigação de vencer Cruzeiro, em casa, e Universidad de Chile, fora, e ainda torcer para o Racing não perder nas duas últimas rodadas.
Em busca do primeiro gol e da primeira vitória na fase de grupos da Libertadores, o Vasco esbarrou na experiência do Racing. Não houve pressão, contra-ataque ou qualquer chance perigosa criada pelo time no primeiro tempo.
E o golpe dos hermanos foi duro. De um escanteio a favor do Cruzmaltino teve origem o letal contra-ataque puxado pelo armador Centuríon. Cara a cara com Martín Silva, o promissor Lautaro Martínez precisou de duas chances para marcar o gol do Racing, no rebote, aos 31 minutos do primeiro tempo.
Zé Ricardo bem que tentou: com Werley no lugar de Erazo para corrigir velhos problemas na defesa, com Thiago Galhardo para melhorar a criatividade... Não foi suficiente. O time não teve força, qualidade técnica e agressividade para atender à expectativa da torcida, que calou após o gol de Lautaro Martínez.
A confusão no setor da torcida do Racing esfriou de vez o jogo, paralisado depois de os jogadores argentinos correrem em direção à arquibancada para acalmar os ânimos após a reação dos policiais com gás de pimenta.
Depois do intervalo, Zé Ricardo sofreu um duro golpe com a expulsão de Desábato. Era tudo ou nada, e Wellington foi sacado para a entrada de Riascos. O Racing pagou o preço pela própria arrogância. Na raça, Wagner escorou o rebote em chute de Andrés Ríos para empatar e devolver a esperança à torcida. E, de fora da área, Pikachu quase virou. Sobrou garra, mas faltou o Vasco convencer.
Fonte: O Dia
Foto:AFP PHOTO / Mauro Pimentel