A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga o recebimento ou não da denúncia contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Geddel, seu irmão, o deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA) e a matriarca da família, Marluce Vieira Lima foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção e lavagem de dinheiro. As defesas dos acusados negam os crimes.
Ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a permanência da investigação na Suprema Corte. Durante as investigações, a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento, em Salvador, ligado ao ex-ministro. A defesa dos políticos afirmou que o dinheiro era guarda de quantia, sem origem ilícita.
O processo tramita no STF devido ao cargo ocupado por Lúcio Vieira Lima, que é deputado. Ele ainda foi acusado de peculato, por supostamente ter se apropriado de 80% dos salários de um ex-assessor parlamentar. Ele nega as acusações.
Na análise de Dodge, a restrição do foro privilegiado, definida na semana passada pelo Supremo, não se aplica ao caso. "Resta demonstrado que o caso em análise envolve a prática de crimes por parlamentar detentor de foro por prerrogativa no STF, relacionados à função pública e no exercício do mandado parlamentar", afirmou a procuradora.
Fonte: Destak Jornal
Foto: Divulgação / PF